Entenda como montar uma linha de vida para trabalho em altura

Já ouviu falar em linha de vida? É um equipamento fundamental para aqueles operários que trabalham nas alturas.

Executar atividades em locais mais altos é muito perigoso e qualquer acidente pode ser fatal. Deste modo, as empresas devem atender todas as normas de segurança antes de submeter o trabalhador a esse tipo de tarefa. O uso da linha de vida é uma destas exigências que devem ser cumpridas.

O que é a linha de vida e como funciona?

A linha de vida, que também é conhecida por linha de ancoragem, é um EPC (equipamento de proteção coletiva). Composto por linhas e fitas que tem por principal objetivo evitar a queda do trabalhador caso ele se desequilibre nas alturas.
Trata-se de um equipamento onde um cabo é instalado entre dois pontos de ancoragem. Esse cabo é conectado por um elemento de ligação (talabarte de segurança ou trava quedas) ao cinturão de segurança utilizado pelo trabalhador, o que permite a movimentação do profissional durante a execução das tarefas. Assim, em caso de desequilíbrio e queda, a pessoa fica presa na linha de vida e não cai, ficando apenas pendurada.

Assim, a linha de vida é imprescindível para garantir a segurança do profissional e deve ser utilizado em qualquer atividade realizada acima de 2 metros de altura, como por exemplo, em andaimes, telhados, plataformas, entre outros.

Além de trabalhos nas alturas a linha de vida também pode ser utilizada em atividades mineradoras, carga e descarga de caminhões, escavações, manutenção de máquinas e equipamentos, pontes rolantes e ainda, na construção naval.

O uso da linha de vida está regulamentado na NR 35 – Trabalho em Altura, bem como na Norma Brasileira Regulamentadora – NBR 16.325/2014- Proteção contra queda em altura.

Tipos de linha de vida

Existem dois tipos de linhas de vida:

– Vertical: possui dois pontos de ancoragem, em alturas diferentes, fazendo com que ela seja posicionada na vertical.

– Horizontal: neste tipo os dois pontos de ancoragem ficam na mesma altura, fazendo que a linha seja fixada na horizontal.

Os dois tipos ainda podem ser fixos ou móveis.  No primeiro não há nenhum tipo de movimentação da linha enquanto o trabalhador está em atividade. O modelo fixo é recomendado para trabalhos em apenas um local, como por exemplo em telhados, que não demandam grandes movimentações.

Já a linha móvel permite movimentações ao decorrer da atividade, e pode ser retirada e movida para outros locais. Geralmente é utilizada em áreas de carga e descarga e em manutenção de máquinas. Porque os trabalhadores precisam realizar atividades em altura em diversos locais, que são alterados conforme a disposição de veículos e áreas de acesso e estacionamento.

Como montar a linha de vida corretamente?

– Faça um bom projeto: a linha de vida deve ser projetada por profissional capacitado e habilitado, que compreenda o tipo da atividade que será realizada e a movimentação que será necessária para a execução plena da tarefa.  A quantidade de pessoas que vão utilizar a mesma linha de vida também deve ser considerada, bem como o cinturão a ser utilizado pelo colaborador e o tamanho do cabo que conecta o cinto à linha de vida.

– Defina o material adequado: a linha da vida pode ser feita de vários materiais, como vigas metálicas, fitas sintéticas, cabo de aço galvanizado, dentre outros. Estude e avalie qual material é o mais adequado conforme a sua demanda.

– Escolha o cinto correto: Opte pelo cinto que oferece a maior proteção em caso de queda. Adquira também talabartes e trava queda retrátil de qualidade pois são eles que ligam o trabalhador a linha de vida.

– Atenção à montagem: mantenha-se atento durante todo o processo de montagem pois ele também pode apresentar riscos. A montagem da linha deve ser feita por profissionais capacitados, conforme as instruções do manual.

 

Manutenção

Como qualquer equipamento de segurança, precisa sempre estar em bom estado de conservação e passar por manutenções pois com o desgaste e com o passar do tempo ela pode perder algumas características que garantem a sua segurança.  Além disso, ao longo dos anos e com as constantes atualizações, os equipamentos podem tornar-se obsoletos.

Portanto, a NBR 16.325/ 2014 também estabelece que as revisões ou inspeções técnicas devem ser anuais, independente do tipo de material, das especificações de vida útil fornecidas pelos fabricantes e dos processos desempenhados pela linha de vida.

 

Seja nas alturas ou no chão, a segurança dos trabalhadores deve sempre ser a prioridade de qualquer empresa, por isso, é necessário investir em um ambiente seguro e na capacitação de todos os profissionais envolvidos no trabalho. Quer saber mais sobre trabalho em altura e a linha de vida?  A IACO oferece um curso completo sobre a NR 35. Conheça mais sobre este treinamento clicando aqui.

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